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22/08/2014

Justiça Federal manda parar geração de energia em Ilha Solteira

Noticia ruim para nós que pretendemos recarregar as baterias em casa.





Justiça Federal manda parar geração de energia em Ilha Solteira



Justiça Federal manda parar geração de energia em Ilha Solteira

A Justiça Federal determinou ontem (20) a suspensão da geração de energia na Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira. A decisão do juiz federal Rafael Andrade de Margalho, de Jales (SP), atendeu a um pedido das associações de piscicultores, que reclamam de prejuízos econômicos, ambientais, agrícolas e na piscicultura, provocados pelo baixo nível das represas na região de Santa Fé do Sul (SP).
Na liminar, o juiz determinou que a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) e o OperadorNacional do Sistema Elétrico (ONS) se abstenham de prosseguir a geração de energia elétrica com o reservatório de água abaixo da quota mínima. A pena diária para descumprimento da ordem foi estabelecida em R$ 100 mil.
Segundo a Cesp, a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira é a maior da companhia e a terceira maior usina hidrelétrica do país. Ela se localiza no Rio Paraná, entre os municípios de Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS). De acordo com as associações de piscicultores, a situação atual da usina é “muito crítica”, por causa da seca na região, e por isso a usina está sendo operada em “ritmo extremamente delicado”, com volume útil abaixo de zero.
Em entrevista à Agência Brasil, o secretário de Energia do Estado de São Paulo, Marco Antônio Mroz, disse que a Cesp ainda não recebeu a notificação. “Decisão judicial se cumpre, e nós vamos cumpri-la”, disse ele. De acordo com o secretário, uma resposta do ONS deve ser recebida à meia-noite de hoje  (21). “Temos que cumprir as ordens do ONS. À meia-noite é que essas ordens são mandadas”, falou ele.
Segundo o secretário, a decisão judicial vai implicar em menor geração de energia, mas vai ajudar na recuperação dos reservatórios que estão vazios, e dará sobrevida aos alevinos. “É um ano hidrológico muito ruim, pior que em 1935. E tem consequências tanto para a água de abastecimento quanto para a água que gera energia”, ressaltou.
Por isso, diz que será preciso estabelecer um diálogo entre as partes para tentar encontrar a melhor solução para o problema. “Precisamos entender o que está acontecendo. A visão da Cesp é que a recuperação do lago também é importante dentro do processo. Temos que recuperar o lago, mas estamos juntos com o ONS na questão de energia. Então, precisamos conversar”, falou ele.
Por meio de nota, a Cesp informou que ainda não foi notificada pela Justiça, e diz que a usina “opera no dia de hoje de acordo com a programação estabelecida pelo ONS”.
A assessoria de imprensa do ONS informou que a direção da empresa está negociando com as autoridades competentes. Entre elas, a Justiça Federal, o governo de São Paulo e a Cesp.

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